domingo, 12 de junho de 2011

Uma experiência bem sucedida

Chegamos ao fim de nosso blog. Ufa! Todo mundo aliviado, e eu com os meus domingos também livre, agora. Mas, no geral, devo dizer que estou muito feliz com o resultado final de nossa extensa atividade. As abordagens e os temas escolhidos foram oportunos. Geramos uma boa discussão, pena não ter havido tanta participação da turma nos comentários. Mas aí é outro episódio...

Esta semana foi uma das melhores. Deve ter sido, principalmente, pelo domínio do tema dos seminários. Com exceção da equipe quatro, todas as demais falaram dos livros seus seminários. Por outro lado, acho que precisamos pensar ter um poder de síntese maior. Digo isso principalmente para a equipe 1. Ela, com certeza, foi a equipe com os posts maiores durante toda a nossa atividade. Isso não é necessariamente ruim, mas por ser um blog, é importante haver síntese. Há muita informação que poderia ser editada, mas isso é um aprendizado que vocês vão adquirindo ao longo do tempo.

Quero fazer um elogio especial à equipe 4 pela discussão feita a respeito das quotas raciais. O texto está muito interessante. Ali, encontro o texto ideal para o nosso blog: há opinião, informação e análise. Parabéns!

O texto de Fontamara também ficou muito interessante. Eles conseguiram fazer um link direto com a nossa realidade: precariedade do curso e falta de estrutura. Fica a pergunta: o que devemos fazer?

As equipes do 1984 e Revolução fizeram uma abordagem semelhante com a mídia. Isso é bom. Estou ansioso para ver a apresentação do quadrinho do Milo Manara. Vamos todos curtir amanhã, espero.

Não irei me estender mais... Amanhã, espero contar com a presença de todas e todos na aula, pois irei fazer as considerações gerais sobre os seminários e darei as notas das apresentações. As notas do blog, da semana e final, seguem abaixo. Bom domingo!

Notas da semana

1ª equipe: 1; 2ª equipe: 1,25; 3ª equipe: 1,25; 4ª equipe: 1,25; 5ª equipe: 1,25

Notas finais

1ª equipe: 9,1; 2ª equipe: 9,4; 3ª equipe: 8,3; 4ª equipe: 9,4; 5ª equipe: 9,7

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A MÍDIA COMO FORMA DE ALIENAÇÃO


A alienação exercida pela televisão é muito forte hoje em dia devido à importância que a população comum dá a programação de entretenimento, o problema é que essa programação não é bem estruturada e acaba passando aos telespectadores idéias que muitas vezes não são corretas como à do consumismo exagerado sem levar em conta, por exemplo, à agressão ao meio ambiente que esse consumismo irá causar. Nós vivemos num sistema onde essa supervalorização do consumismo é obrigatória para que a economia avance em seu ciclo incessante. O livro REVOLUÇÃO, de Milo Manara, nos mostra essa idéia da televisão “sem conteúdo”, apresenta as pessoas que fazem à mídia televisiva como vilões que querem apenas tornar os patrocinadores cada vez mais ricos com a publicidade exagerada e extorsiva. Isso não acontece apenas na televisão, a mídia impressa também está tomada pela publicidade exagerada dando um mínimo espaço ao que realmente importa, a notícia como ela é. Também não podemos esquecer a manipulação das notícias que está implícita na imprensa moderna para ressaltar interesses pessoais, na maioria das vezes interesses políticos, políticos que mantém os grandes veículos de comunicação. Não há nada mais justo que se tenha uma mídia mais “limpa”, mais correta com seus expectadores que esperam notícias de importância para o convívio em sociedade, não apenas violência, não apenas comerciais que nos impulsionam ao consumismo sem limites, não apenas programas que nos influenciam a idolatrar pessoas, a televisão precisa ser renovada, ela necessita de uma nova visão, pois como diz no livro, a invenção mais bela de todos os tempos não pode apenas ser resumida em futilidades para interesses de tão poucos, ela tem que servir em geral com conteúdo sadio e de suma importância para o povo.












A mídia influencia,a mídia é o meio,portanto o meio leva pessoas a algum lugar. O que esperamos é que esse lugar não seja um lugar ruim.
De uma certa forma,as pessoas que detém o poder dos grandes meios de comunicação em massa,têm um grande poder nas mãos. É por meio da mídia que pessoas podem promover algo,e promovem,pois entre as notícias e grades de programação é comum se encontrar idéias,subtendidas ou não.
Em uma ditadura,a mídia age de uma forma controladora,que faz propaganda a um governo. Quando se cria uma democracia,ela acaba abrindo um espaço maior,porém esse espaço vai estar restrito a uma coisa:o dinheiro. Desta maneira, a mídia vai se relacionar com o capitalismo de uma forma a promover o sistema e fazer com que,apesar da democracia,haja uma ditadura,a ditadura do capital. Portanto,a mídia influencia,mais também é influenciada.
É importante ressaltar que a mídia interfere em nossas vidas . Pessoas são ‘’pautadas’’,principalmente aqueles que têm uma cabeça mais fraca. Então o que vai definir se a mídia vai ser boa ou ruim?Os objetivos daqueles que a controlam,pois a mídia pode ser um meio para muitas coisas.



A Televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
Oi! Oi! Oi!
Agora todas coisas
Que eu penso
Me parecem iguais
Oi! Oi! Oi!...

O sorvete me deixou gripado
Pelo resto da vida
E agora toda noite
Quando deito
É boa noite, querida....

Oh! Cride, fala prá mãe
Que eu nunca li num livro
Que o espirro
Fosse um vírus sem cura
Vê se me entende
Pelo menas uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe!...

A mãe diz prá eu fazer
Alguma coisa
Mas eu não faço nada
Oi! Oi! Oi!
A luz do sol me incomoda
Então deixa
A cortina fechada
Oi! Oi! Oi!

É que a televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
E agora eu vivo
Dentro dessa jaula
Junto dos animais...

Oh! Cride, fala prá mãe
Que tudo que a antena captar
Meu coração captura
Vê se me entende
Pelo menos uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe!...

A mãe diz prá eu fazer
Alguma coisa
Mas eu não faço nada
Oi! Oi! Oi!
A luz do sol me incomoda
Então deixa
A cortina fechada
Oi! Oi! Oi!...

É que a televisão
Me deixou burro
Muito burro demais
E agora eu vivo
Dentro dessa jaula
Junto dos animais...

E eu digo:
Oh! Cride, fala prá mãe
Que tudo que a antena captar
Meu coração captura
Vê se me entende
Pelo menos uma vez
Criatura!
Oh! Cride, fala prá mãe...


Música:Televisão;Titãs


Por: Clara, Henrique, Hewerton, Júlia, Lívia, Márcio, Rosana, Romão e Rodrigo

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sistemas de cotas para negros nas universidades


O sistema de cotas tão discutido atualmente é, sem sombra de dúvidas, um ponto de interrogação para muita gente. Os dados estatísticos comprovam que quanto maior a escolaridade e a renda familiar, menos aceitação há ao sistema de cotas. O professor de antropologia da UNB ( Universidade de Brasília), entende que os resultados da pesquisa indicam que a "elite não quer perder o poder".
Talvez este pensamento até seja verídico para uma minoria, mas creio que esta "ameaça" não tem fundamento, pois não creio que ela perderá o poder ao ver negros dentro das universidades públicas.
O sistema de cotas, como paliativo talvez seja uma saída apenas para facilitar o acesso de negros e indígenas à universidade, mas o que pode ocorrer, num país como o nosso, é que a solução temporária se torne permanente, e o "remendo", acabará sendo a desculpa para não se investir na excelência do ensino de base.
Medidas concomitantes investindo num ensino básico de qualidade e as cotas universitárias seja uma proposta interessante, pois investir em espaços pedagógicos, equipados, escolas inseridas no mundo digital e voltadas para o mercado de trabalho, ensinando seus alunos a ser empreendedores, sem esquecer é claro de capacitar constantemente seus educadores, financiar seus estudos, aperfeiçoamento, graduação, mestrado e doutorado e remunerá-los dignamente é a saída para se ter negros e indígenas em universidades pública, de qualidade e sendo profissionais altamente qualificados.
Quando estas medidas são tomadas, o mercado de trabalho se qualifica e gera um aumento do poder aquisitivo da população gerando novos empregos e aumentando a qualidade de vida desta população.
Mas creio que o sistema de cotas não diminuirá o "conflito" entre raças. Esta tensão ainda existirá, pois é preciso que se reflita sobre os conceitos de raça e se eduque as pessoas a conviverem socialmente. Isto se faz nas escolas e famílias e insere-se no ser humano desde a tenra idade, mesmo porque somos um povo mestiço, de muitas raças e nações. O brasileiro precisa tomar conhecimento e ciência disso, pois mesmo aparentando fisicamente outros traços, ele pode ter o DNA da raça que tanto discrimina.
Mas me pergunto: e quanto aos pobres? A camada social realmente excluída, pois não mora dignamente, vive abaixo da linha da pobreza e não tem nenhuma perspectiva de melhora social. Sejam brancos, negros, índios, pardos....não merecem acesso a universidade pública e gratuita? Para mim, a maior discriminação é a social, que obviamente, tem os negros incluídos nela.
As cotas deveriam ser, como afirmei anteriormente, uma medida paliativa, mas deveriam abranger classe social e não racial. A camada social economicamente mais baixa deveria se beneficiar do sistema de cotas, assim poderíamos dar a oportunidade a estas pessoas que vivem à margem da sociedade, vislumbrar um futuro, no mínimo mais promissor do que aquele que ela vislumbra no momento.

Por: Alana; Danielle; Emerson; Giovânia de Alencar; Jéssica; Julianna; João André; Junior Duarte; Miguel e Sarto.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Que devemos fazer?

Fontamara é um romance que retrata a condição social vivenciada pelos moradores da aldeia de mesmo nome do título. No livro são expressas as péssimas condições de vida dos caffoni (trabalhadores rurais, designados por caipiras), a impossibilidade de comunicação entre os camponeses e homens da cidade, desigualdade, exploração de trabalho, em meados a instalação do fascismo na Itália, início da década de 1930.

O autor do livro é Ignazio Silone, pseudônimo que depois passou a ser o nome legal de Secondino Tranquilli. Seu movimento a partir da luta social proporciona um entendimento sobre as questões que ele aborda no livro, foi um dos fundadores do partido comunista italiano e lutou contra o regime fascista. Em sua obra circula a relação entre política e literatura e literatura e história. No caso de Fontamara, é a única obra do autor, narrada pelos personagens centrais do livro, no caso, os caffoni.


Bandeira do Partido Comunista Italiano.


No principio o autor descreve a aldeia que vive em ruinas e com sérios problemas estruturais. A história então começa sendo contada por uma família de fontamareses, dividida entre os três membros. O primeiro problema sofrido aos habitantes foi o corte de luz, pensando eles ser fruto de mais um imposto, quando na verdade é uma oportunidade para seres lesados pelas autoridades do município que coleta suas assinaturas para ter o direito de desviar o curso do riacho que lhes serve de irrigação. O desvio é feito pelo recém-chegado empresário que havia conquistado o cargo de pedestà, que corresponde a prefeito do município. Desde então, os moradores do Fontamara sofrem com uma série de acontecimentos que por sua limitação conhecimento e informação, lhe trazem o preconceito, desamparo das autoridades, abuso e exploração. Até mesmo aqueles “intelectuais” nas quais eles confiavam, os abandonam a meio de um conflito, sem estratégia ou uma forma de pelo menos, acabar a sua fome.

Fontamara apresenta a miséria, a falta de interesse público e o descaso não só com o camponês, mas aqueles que vivem à margem do poder. Com essa abordagem, no campo sociológico pode ser notada a identificação do autor com o pensamento marxista, é tanto que militou durante um tempo contra o governo totalitário e a favor do proletariado e dos oprimidos. Silone constrói em seu livro momentos em que apresentam a desfavorável distribuição de terra aos camponeses, a alienação, desigualdade entre a remuneração em relação ao que é produzido pelos trabalhadores rurais. Enquanto isso Marx dizia que através da mobilização poderia se conseguir a mudança, presente no momento em que os caffoni começam a fazer manifestação conduzida por um “Eterno Desconhecido” que divulga na forma de um jornal tudo aquilo que sofriam naquele momento.

A obra de Marx, junto à leitura de Fontamara, desperta a responsabilidade que cada um tem em não se conformar com as desigualdades sociais vividas, a aldeia se engloba num contexto moderno em que a opressão, a exploração, a falta de estrutura, a alienação, entre outros problemas, tudo isso diante dos nossos olhos nos tempos atuais. Enquanto os que detêm o poder continuam lucrando, passando de mão em mão a responsabilidade pela “ordem”. O “Eterno Desconhecido” torna-se aquele instrumento que abre os olhos da população, seja no jornal, na verdadeira notícia, na arte ou através dos líderes.

Um grande lutador, “Eterno Desconhecido” – que nada tem de desconhecido – foi o músico e compositor Gonzaguinha que viveu durante a ditadura, um período em que a música sofria a censura e os artistas sofriam com o abuso de autoridade. Gonzaguinha apresentava em suas letras esse propósito de mobilização, de mudança e valorização do homem, do trabalho, além, de críticas ao regime ditatorial. Pela mídia de massa, controlada pelos poderosos, era chamado de “cantor rancor”, pois segundo eles apresentava letras “fortes”. De suas 72 músicas compostas nessa época, 54 foram censuradas. Na canção “Nunca pare de Sonhar” apresenta o pensamento do artista que tornou da voz, sua “arma” contra intolerância. “Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Nós podemos tudo, nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será”.

A história nos traz o exemplo que a juventude era a impulsora dos protestos. No Brasil, por exemplo, os estudantes participavam das constates manifestações na época do Regime Militar, muitos foram presos. Difícil encontrar movimentos políticos estudantis tão significativos como os da época nos dias atuais, mas alguns, mesmo que simples podem fazer à diferença. Como exemplo encontra-se os estudantes do curso de Mídias Digitais da UFPB, que do seu modo criativo, criaram um vídeo como paródia reivindicando problemas de estrutura com seu curso. Segue o vídeo abaixo:

Então, esse mesmo problema de estrutura é parecido com os vividos na UFC Campus Cariri, em que o curso Jornalismo, entre outros, estão sem seus laboratórios e locais para a prática de suas atividades.

E o que devemos fazer? Aceitar? Já estão aceitando só pelo fato de estarem calados.


E vamos à luta.


Por: Alana, Ana Caroline, Antonio, Alisson, Charlenne, Felipe, Janio Mayk, Lucas e Tiago.